Entregador do Paraná descobre que "esta morto" no sistema da Receita Federal ao tentar declarar Imposto de Renda

Foto: RPC

Enquanto tentava fazer a declaração do imposto de renda deste ano, o entregador Augusto da Silva, de 50 anos, teve uma surpresa: descobriu que seu Cadastro de Pessoa Física (CPF) estava cancelado na Receita Federal.


Antes de descobrir o problema, Augusto também não conseguiu realizar a transferência de valores via Pix. Ele achou que o caso tinha sido uma instabilidade no banco, mas já era um indicativo da restrição ao CPF.

Com auxílio de pessoas da empresa onde trabalha, Augusto, que é morador de Foz do Iguaçu, oeste do Paraná, conseguiu consultar o sistema da Receita e descobriu que constava como morto desde 2020.

Além da surpresa pela "morte", o entregador disse que não conseguiu entender o problema, uma vez que, entre 2020 e 2024, não enfrentou nenhum tipo de restrição ao CPF – inclusive, conseguiu declarar o imposto dentro do período.

"Por que só agora descobriram que eu ‘estava morto’? Usei o Pix e o CPF esse tempo todo e estava tudo certo."

Após o problema no Pix e na declaração do imposto deste ano, o cancelamento do CPF de Augusto também o impediu de movimentar a conta bancária. No Brasil, restrições no CPF também impedem as pessoas de solicitarem empréstimos, participarem de concursos públicos, receberem aposentadoria ou benefícios sociais como o Bolsa Família, por exemplo.

Na última terça-feira (20), Augusto procurou a Receita Federal para regularizar o documento. O problema foi solucionado, segundo ele, no última quinta-feira (29), um dia antes do prazo final para declaração do imposto de renda deste ano.


À RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, a Receita Federal disse que, em princípio, a situação vivida por Augusto parece se tratar de um caso de homônimos, ou seja, uma pessoa com o mesmo nome e sobrenome do entregador, na hora de ter o óbito registrado, teve o CPF do paranaense associado erroneamente.


FONTE: G
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